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Combate ao Aedes Aegypti é debatido na Sudam

Criado: Sexta, 19 de Fevereiro de 2016, 23h34 | Publicado: Sexta, 19 de Fevereiro de 2016, 23h34 | Última atualização em Segunda, 22 de Fevereiro de 2016, 15h59


A Sudam promoveu na manhã desta sexta-feira (19) um debate sobre as formas de prevenção à dengue, chikungunya e zika vírus. Os técnicos da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (Sesma) de Belém, Amanda Ribeiro e Thiago Ferreira, detalharam sobre os métodos de contaminação dessas doenças e, principalmente, as formas de combate ao mosquito aedes aegypti.

Segundo Ferreira, o mosquito não só se adaptou às áreas urbanas como também passou a se reproduzir nos últimos anos em água suja. A fêmea do mosquito pode originar até 1.500 mosquitos e, em geral, procura locais escuros para se reproduzir. “Por isso, é importante evitar acúmulo de lixo e lavar diariamente qualquer recipiente que possa acumular água como pneus, caixas d’água, calhas e pratinhos de planta”, orientou.

Ferreira inspeciona o prédio da Sudam de 15 em 15 dias e afirma que não foi encontrado foco do mosquito em nenhuma das vistorias, porém por se tratar de um prédio de grandes dimensões e de intensa circulação de pessoas é necessário ficar sempre alerta à limpeza do local.

Dengue – Segundo a enfermeira Amanda Ribeiro, há uma epidemia declarada de dengue em Belém, principalmente nesse período do ano quando as chuvas costumam ser mais intensas. A pessoa picada pelo mosquito leva até 15 dias para desenvolver os sintomas (febre de até 7 dias, enjoo, vômito, dor muscular e dor de cabeça). Se não cuidadas, as complicações podem evoluir para a dengue hemorrágica, estágio mais crítico da doença. “Se no posto de saúde for detectada a doença, o paciente não pode voltar para casa, pois quando isso ocorre aumentam e muito as chances de evoluir para a dengue hemorrágica”, esclareceu.

Chikungunya – Vírus descoberto em 1952 na Tanzânia, o chikungunya ainda não é circulante em Belém, mas há vários casos de Estados próximos com epidemia, a exemplo do Amapá. Segundo a Sesma, os primeiros casos da doença na capital paraense foram registrados em 2014, com oito pacientes positivos advindos de outros Estados. Atualmente, 38 casos estão sendo investigados. Mais intensa do que a dengue, a chikungunya apresenta dor intensa no corpo todo, além de febre alta de até duas semanas, fadiga e artrite na fase mais crônica.

Zika – Além da febre alta, o zika vírus provoca o surgimento de coceira aguda, manchas vermelhas no corpo e olhos avermelhados. Como ainda não há vacina, os casos são tratados com as medicações paracetamol e dipirona. Em 2015, foram registrados 906 casos suspeitos da doença em Belém, dos quais 44 foram confirmados. No final do ano, a sesma confirmou o primeiro caso de microcefalia associado ao zika em um bairro periférico da cidade, outros três estão em investigação. “As grávidas são o maior grupo de risco nesse momento. Se apresentarem sintomas do zika a orientação é ligar para a Sesma que iremos até essa paciente”, recomendou Amanda. O disque endemias da Sesma é 3344-2466.  

Grupo de Trabalho

A Sudam criou um grupo de trabalho para planejar e executar ações de combate ao aedes aegypti. Segundo a chefe de gabinete da Superintendência, Alda Frota, a Instituição se engajou na campanha nacional de combate às doenças provocadas pelo mosquito e trabalhará, além da conscientização interna dos servidores, a realização de ações externas de esclarecimento à população do em torno da sede da Superintendência. A primeira ação externa ocorre na próxima terça-feira, 23, das 8h às 12h nas ruas e transversais do bairro. Neste dia, três grupos de servidores vão às ruas conversar com as pessoas e entregar panfletos de orientação sobre as formas de prevenção e os riscos de contaminação do mosquito. Outro grupo se concentrará em frente à Sudam abordando as pessoas que passarem pelo local. “Não há outra forma de combatermos essa epidemia que não seja o repasse de esclarecimentos e informações. A palavra nesse momento é união”, concluiu Frota.

 
Publicação: 19/2/16
Texto: Leidemar Oliveira
Fotos: Geovani Luz

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