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Sessenta famílias são beneficiadas em projeto de criação de peixe no município de Curuçá

Criado: Quarta, 16 de Dezembro de 2015, 12h03 | Publicado: Quarta, 16 de Dezembro de 2015, 12h03 | Última atualização em Quarta, 16 de Dezembro de 2015, 12h03

Publicação: 16/12/2016

Convênio firmado entre Sudam e UFRA viabiliza a piscicultura.

Francisco Quadros, 46 anos, casado, cinco filhos, mora no município de Curuçá, nordeste paraense, é pescador e agricultor e sustenta sua família com a renda obtida dessas duas atividades, sendo a agricultura a de maior ganho atualmente. A família de seu Francisco, e as demais famílias de sua comunidade, enfrentam dificuldades com relação à pesca nos períodos de defeso, quando a pesca é proibida, causando queda na renda familiar, prejudicando, deste modo, a qualidade de vida da população que vive desta atividade.

Visando atender e solucionar esse problema enfrentado pela comunidade de Curuçá, onde mora seu Francisco, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) firmou um convênio com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), financiando o valor de R$1.497.531,74 para a execução do projeto de piscicultura, coordenado pelo Dr. Aderson Lobão. Essa técnica se refere ao cultivo de peixes em cativeiro, nesse caso, o camurim, em tanques-redes.

Lançado em junho deste ano o projeto pretende garantir segurança alimentar e geração de renda às comunidades litorâneas, e com isso beneficiará diretamente cerca de 60 famílias participantes, espera-se gerar tecnologia de baixo impacto ambiental e grande impacto positivo social. “A expectativa é que seja gerada uma tecnologia para os médios e grandes produtores, além de gerar renda para as distintas classes produtoras com a venda dos peixes, pois o preço do camurim é elevado, para utilização em culinária japonesa”, comenta Lobão.

José Alberto Maciel, presidente da cooperativa de agricultores de Curuçá, esclarece que os trabalhadores da área atendida pelo Projeto Camurim tem dupla jornada, atuando como pequenos agricultores e pescadores extrativistas e enfatiza que o projeto vai complementar a renda deles e de suas famílias. O presidente informa ainda que há a possibilidade da carne do peixe do camurim ser utilizada na alimentação escolar do município. “Nosso objetivo é contribuir para a melhora da saúde da comunidade local e esclarece ainda que nesta etapa inicial do projeto os técnicos responsáveis estão ensinando e treinando a comunidade a maneira correta de manejo e criação do peixe camurim, pois na próxima etapa serão os próprios pescadores da região que cuidarão e levarão o projeto adiante”, afirma o presidente.

A diretoria colegiada da Sudam aprovou no último dia 01, o documento que dará continuação ao convênio com a UFRA, liberando mais R$ 249.995,00 para finalizar o projeto de cultivo do camurim, atividade que mudará a vida de dezenas de famílias, como a do seu Francisco, pois dissemina conhecimento ao ensinar as técnicas de cultivo desse peixe. “Esse projeto está me ensinando como criar o camurim em cativeiro, desse jeito não vou depender apenas do que pesco no mar e com essa nova renda vou poder investir na educação dos meus filhos e comprar novos materiais de pesca”, revela esperançoso, o pescador Francisco.

A Sudam, desta forma, atende aos seus objetivos institucionais de promover o desenvolvimento através de processos produtivos sustentáveis e includentes, melhorando a qualidade de vida das pessoas da Amazônia.

Texto: Geovani Luz
Fotos: Divulgação

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