Estudo sobre dados sociais e econômicos da Amazônia é apresentado em Belém

“População, emprego e renda na Amazônia Legal” foi o tema abordado pelo economista e técnico da coordenador-geral de Inclusão Social e Desenvolvimento Sustentável da Sudam, Dayan Rios, durante a III Reunião do Grupo de Estudos e Análise Conjuntural (GEAC). A discussão aconteceu nesta quarta-feira, 25, no auditório do Banco da Amazônia.
O Grupo é uma iniciativa da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) e reúne, toda última quarta-feira do mês, instituições para compartilhar experiências e estudos e congregar as que precisam e que mantenham bancos de dados e informações para atender suas demandas. Compareceram cerca de 20 instituições, entre elas Secretarias estaduais, como a de Fazenda e de Planejamento, Federação das Indústrias, Sebrae/PA, Caixa Econômica Federal e os Bancos Central, do Brasil e da Amazônia, Conselho Regional de Economia e Programa Municípios Verdes.
Segundo o presidente da Fapepa, Eduardo Costa, a proposta do grupo é integrar para promover um intercâmbio de informações e dados. “O objetivo comum dessas instituições é promover, cada um na sua área de competência, o desenvolvimento do Estado. O importante aqui é construir parcerias para unir os esforços para a promoção do desenvolvimento”, afirmou.
Estudo

Rios apresentou aos parceiros um trabalho iniciado em junho, pela Sudam, com um levantamento histórico de uma série de dados sobre população, produção e emprego na Amazônia Legal que, segundo ele, gerou outro estudo sobre o desempenho da economia nos Estados do Acre e Rondônia. “Esse panorama geral é essencial para o planejamento da Sudam e gera um conhecimento que é fundamental para a sua atuação na região. Isso deve ser compartilhado", afirmou. Ele disse, ainda, que é importante colocar as demandas de interesses da autarquia a respeito das informações geradas pelas outras instituições.
De acordo com o estudo, a população da Amazônia apresenta crescimento superior à medida nacional, o que tende a aumentar a renda per capita da região e se apresenta como um indicador de desenvolvimento. Da mesma forma, o Produto Interno Bruto (PIB), também cresce mais do que o restante do Brasil, no entanto as atividades produtivas na Amazônia ainda produzem baixo impacto regional e nacional. Além disso, estas atividades ainda são desarticuladas entre os estados da região.
No que se refere ao emprego, o levantamento mostra que, apesar do crescimento superior ao nacional, os postos de trabalho ainda estão concentrados em quatro municípios e apenas em algumas atividades econômicas como o setor público e o de serviços.
Na ocasião, também apresentaram suas experiências os representantes da Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), sobre a dinâmica de abastecimento e produtores rurais, e o Banco Central, sobre o “Índice de Atividade Econômica Regional”.
Texto: Marilena Vasconcelos
Publicação: 25/11/15
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