FDA poderá financiar complexo mínero-metálico no Tocantins

Um complexo mínero-metálico para a implantação de plantas de beneficiamento e química para a produção de fertilizantes, através da exploração de uma jazida de fosfato é o objeto da Consulta Prévia que a Diretoria Colegiada da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) aprovou no último dia 13, em favor da empresa Rialma Fertilizantes indústria e comércio S/A. Localizado no município de Taipas, no Tocantins, a cerca de 540 Km de Brasília, o empreendimento tem um valor total de, aproximadamente, R$213,5 milhões, sendo cerca de R$107 milhões de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA).

A produção esperada do empreendimento é de 170 mil toneladas/ano de Superfosfato Simples granulado, SSP, durante 20 anos, além de 100 mil toneladas de calcário. A geração de mão-de-obra na operação é de 189 empregos diretos e 58 indiretos.  A jazida fornece rocha fosfática para uma planta de beneficiamento, que concentra o fosfato e reduz sua granulometria. As reservas iniciais são de 25 milhões de toneladas, a um teor médio de 5%, com um teor de corte de 1%. Hoje, cerca de 50% do consumo brasileiro de rocha fosfática é suprido por importações, principalmente dos E.U.A., Marrocos, Rússia, Israel e Tunísia.

O Brasil é o 4º maior consumidor mundial de fertilizantes fosfatados, que, por conta disso, foram classificados como estratégicos pelo Plano Nacional de Mineração. O empreendimento enquadra-se, portanto, nas prioridades setoriais chamados tradicionais, por tratar-se de indústria extrativa de minerais metálicos e não metálicos, representado por complexos produtivos para o aproveitamento desses recursos.

Texto: Marilena Vasconcelos

Publicado em 20/11/14