Sudam aprova consulta prévia para agroindústria de Mato Grosso

O programa de avicultura de corte em regime de integração deverá ser beneficiado com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A Diretoria Colegiada aprovou a consulta prévia da empresa Íntegro Agroindustrial S/A, para implantar um complexo agroindustrial avícola no município de Paranatinga, no Mato Grosso, com participação do FDA no valor de R$65,5 milhões.

O complexo será formado por incubatório, fábrica de ração e frigorífico (abate e industrialização) de frango de corte. O projeto vai reunir no setor conceitos como sustentabilidade, vantagem competitiva e alto nível tecnológico. Segundo a consulta-prévia, o propósito é “a implantação e o desenvolvimento da avicultura de corte no sistema de integração, transformando proteína vegetal (grãos) em proteína animal (carne de frango e derivados), agregando valor, gerando emprego e renda na economia local e regional”.

 A empresa enfatiza que deverá ser gerado um aumento da participação da carne de frango brasileira no mercado mundial e, para isso, a produção interna precisa acompanhar esse crescimento que é previsto em cerca de 30% nos próximos dez anos. A empresa tem como principal vantagem a posição geográfica estratégica do empreendimento, que já tem no Estado do Mato Grosso um polo agrícola com mais de 250 mil ha de grãos, basicamente milho e soja.

Paranatinga, localizado a 140 km dos municípios de Primavera do Leste, dispõe de 600 mil hectares para serem convertidos sem a necessidade de derrubada de árvores nativas. Daí o conceito de sustentabilidade ambiental do projeto. No total, a região de influência do projeto abrange 39 municípios que representam 18% da população do Estado, e 13,3 milhões de toneladas de grãos ou 47% da produção total.

A linha de produtos do empreendimento prevista para o frigorífico é de frango inteiro e de cortes, resfriado e congelado, miúdos, embutidos, farinha de vísceras e penas e óleo de vísceras. A fábrica de ração e o incubatório oferecerão suporte para a produção de ração para autoconsumo e pintinhos para serem distribuídos para produtores integrados. A produção será absorvida no mercado local (10%), mercado interestadual (40%) e mercado externo (50%). A empresa ainda terá que apresentar o projeto para análise e aprovação final do agente operador e da Sudam.

Publicação: 7/4/14

Texto: Marilena Vasconcelos

Foto: reprodução/Google