Sudam e federações de indústrias do PA e AM realizam Encontro para empresários da indústria naval
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e as Federações de Indústrias do Pará e Amazonas, organizam o Encontro da Indústria Naval da Amazônia com o BNDES e os Agentes Financeiros, que será realizado em Belém na terça-feira, 6, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), e em Manaus na quarta, 7, na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).
No evento, equipe do BNDES fará palestra sobre as principais linhas de financiamento voltadas à indústria naval, principalmente micro, pequenas e médias empresas, a exemplo do Cartão BNDES. Serão apresentados os pré-requisitos necessários à apresentação dos pedidos, o papel dos agentes financeiros repassadores dos recursos do Banco e o passo-a-passo para a obtenção do crédito.
O BNDES disponibiliza recursos para implantação, ampliação e modernização das instalações, para aquisição de embarcações, máquinas e equipamentos e para capital de giro associado aos investimentos. Ao final dos painéis, os representantes do Banco e dos agentes financeiros atenderão os empresários, esclarecendo suas dúvidas e orientando-os quanto ao produto mais adequado às necessidades da empresa.
O encontro abordará os rumos do transporte hidroviário na região, frente às futuras demandas e ao possível aumento do crédito para aquisição, ampliação, modernização e reparo da frota, abrangendo toda a cadeia produtiva, incluindo armadores e estaleiros — cujas entidades representativas farão abordagens setoriais.
Atuação – O BNDES apoia a expansão da infraestrutura de transportes nos modais rodoviário, aquaviário e ferroviário na Amazônia. O Banco financia, atualmente, 14 projetos de logística na Região Norte, com R$ 5,8 bilhões. Os investimentos totais para esses projetos totalizam R$ 10,8 bilhões. Dos financiamentos aprovados, quase R$ 700 milhões são para transporte hidroviário, portos, terminais e armazéns.
No modal hidroviário, o Banco financia projetos de construção e reparo de embarcações de portes e finalidades distintas, com repasses do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e da linha BNDES FINAME, que está operando atualmente sob as condições do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), cuja taxa fixa final é de 3,5% a.a.
Os projetos viabilizam o escoamento da produção agrícola na Hidrovia do Rio Madeira e na Hidrovia Tapajós-Amazonas. Os recursos se destinam não somente à aquisição de embarcações, mas também à implantação e expansão de terminais portuários privados.
Outra fonte de recursos disponível para as empresas que recolhem o Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) é a conta vinculada a estes recursos, gerenciada pelo BNDES. As regras específicas para o saque estão disponíveis no site do Banco.
Com os recursos do AFRMM, o armador pode construir e reformar empurradores e balsas. A conta também pode ser usada para pagar o principal e serviços da dívida de empréstimos do BNDES ou de outro agente financeiro, concedidos com recursos do FMM ou de fontes como BNDES FINAME e Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
De janeiro de 2001 a abril de 2013, o BNDES apoiou, pelo repasse de recursos da conta vinculada, a construção de 423 embarcações e o reparo de outras 472, com um volume de recursos de R$ 473 milhões. Para acompanhar os projetos, uma equipe técnica do Banco realiza visitas frequentes a Belém e Manaus.
Demanda prevista – Atualmente, a capacidade produtiva anual dos principais estaleiros da Região Norte, registrados nos sindicatos de construção naval, é de aproximadamente 60 mil toneladas de processamento de aço, segundo as estimativas do sindicatos. Para fazer frente aos projetos de implantação e expansão de corredores hidroviários, a expectativa de demanda é de cerca de 300 novas barcaças, com capacidade de cerca de 2 mil toneladas cada uma, em até 3 anos.
Tal demanda exigirá investimentos na expansão da capacidade produtiva dos estaleiros, principalmente na aquisição de máquinas e equipamentos. No médio prazo, a capacidade de produção anual deverá chegar a 90 mil toneladas de processamento de aço, ou seja, um incremento de 50% acima da capacidade atual. O investimento necessário para este crescimento é de aproximadamente R$ 136 milhões, segundo estimativas dos principais estaleiros, sem contar com os investimentos do Polo Naval do Amazonas, em vias de ser implantado.
Com os novos investimentos, a capacidade de transporte anual de grãos pelas hidrovias da Região Norte poderá saltar dos atuais 3,6 milhões para cerca de 15 milhões de toneladas, reduzindo o tempo de transporte e do custo do frete, o que gera impacto positivo na competitividade dos produtos nacionais no mercado externo, além de reduzir o tráfego de caminhões em direção aos portos de Santos, no Sudeste, e Paranaguá, na Região Sul, principais vias de escoamento dos grãos produzidos no Centro-Oeste.
(Com informações da Assessoria de Comunicação do BNDES)Foto: Porto de Manaus/AM
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