BNDES divulga linhas de crédito para o setor naval do Pará
Os empresários da navegação do Estado do Pará podem contar com cerca de cinco modalidades de crédito disponibilizados ao setor pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O assunto foi debatido na manhã desta terça-feira, 6, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) durante Encontro do Banco com o setor naval e agentes financeiros. O evento foi articulado pela Sudam e Fiepa com o objetivo de fortalecer o setor e apresentar as demandas para a modernização da navegação no estado.
BNDES Finen, PSI Bens de Capital, Progeren, BNDES Procaminhoneiro, BNDES Automático e Cartão BNDES foram os programas de linhas de créditos divulgados pelo Banco aos empresários paraenses. Segundo Ronaldo Viana, do Departamento de Logística e Transporte do BNDES, essas linhas de crédito podem ser acessadas pelas grandes empresas diretamente no Banco ou instituições financeiras credenciadas para projetos que impliquem recursos acima de R$10 milhões. O BNDES Automático, por exemplo, oferece financiamento de até R$20 milhões a projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização de empreendimentos, bem como para pesquisa, desenvolvimento e inovação. Já o Progeren é voltado para a geração de emprego e renda, acessível a setores como indústria da transformação, extração mineral, de transformação, aquicultura, laticínios, bens de capital dentre outros.
Parte desses programas está acessível também para as médias, pequenas e micro empresas para projetos abaixo de R$10 milhões para os setores da indústria, comércio e serviços tanto para pessoa jurídica como para pessoa física (produtor rural, caminhoneiro e microempreendedor). Nesses casos, o financiamento se dá diretamente com os bancos credenciados. Todos os detalhes sobre os programas podem ser acessados no site www.bndes.gov.br.
Reivindicações - Os representantes do setor naval presentes na Fiepa afirmaram que um dos maiores desafios para o desenvolvimento da atividade é a redução do tempo para a liberação dos projetos. “O sistema burocrático ainda amarra o desenvolvimento da navegação paraense”, disse o presidente da Fiepa, José Conrado Santos. Em nome da categoria, o presidente também reivindicou a instalação de um escritório do BNDES no Pará que, segundo ele, facilitaria o acesso dos empresários aos financiamentos do Banco. Da mesma forma, o representante das indústrias navais do Pará, Fábio Vasconcelos, afirmou que investimentos nos corredores hidroviários, a exemplo do pleno funcionamento das eclusas de Tucuruí e o derrocamento do Pedral do Lourenço, são urgentes para avanços no setor.
O superintendente da Sudam, Djalma Mello, reforçou o potencial amazônico na economia brasileira referindo-se à região como solução para o país. Disse ainda que o Pará é rico em minério, fruticultura, energia e tantas outras riquezas que ainda precisam ser aproveitadas como potencial econômico. Informou que a Sudam está viabilizando medidas para maior integração do mercado amazônico e afirmou ser essencial o aproveitamento dos rios para oportunizar que esse mercado seja ainda mais competitivo.
Publicação: 6/8/13
Texto: Leidemar Oliveira
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