Agricultores familiares são capacitados para preservação de rio
As comunidades envolvidas no projeto de recuperação da microbacia do Rio Guamá foram capacitadas sobre produção agropecuária e práticas sustentáveis. De julho de 2014 a julho de 2015 o projeto formou uma nova turma de 33 agricultores familiares que vão atuar na disseminação do conhecimento e tecnologia às comunidades abrangidas pelo projeto.
Até o momento já foram capacitados 896 agricultores familiares em criação de caprinos e ovinos, aviários familiares, produção de suínos, sistemas agroflorestais, hortaliças e plantas medicinais, culturas alimentares, fruticultura tropical e psicultura.
O Projeto “Desenvolvimento Local Integrado: A socioeconomia, proteção e reabilitação ambiental do Rio Guamá”, é uma parceria da Sudam com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e tem como objetivo desenvolver práticas sustentáveis que promovam a recuperação do Rio. As ações são realizadas com foco na gestão dos recursos naturais e na educação ambiental.
Localizado no nordeste paraense, o Rio Guamá abrange uma área de 49.637 km2 e 700 km de extensão. Trata-se de um rio fundamental para o sustento e transporte das populações ribeirinhas que moram no seu entorno. Entretanto, a utilização extensiva da terra para a agricultura e para a pecuária na Zona Bragantina tem trazido sérios problemas nas bacias hidrográficas da região provocando assoreamento dos rios e eliminação da fauna aquática.
Além de desenvolver ações de recuperação do Rio, o projeto ensina as comunidades a desenvolver atividades econômicas que contribuam na geração de renda ao pequeno agricultor sem agredir o meio ambiente.
Mudas
O projeto de recuperação do Rio Guamá entrou recentemente em uma nova etapa que consiste na reabilitação ambiental da microbacia e das nascentes dos afluentes usando espécies nativas. Segundo Hélio Marinho, técnico da Sudam responsável pelo acompanhamento do projeto, essa fase compreende a recuperação da mata ciliar do rio por meio do plantio de mudas nos municípios de abrangência do projeto.
Entre as mudas nativas a serem plantados estão o açaí, andiroba, cedro, copaíba e paricá. “Ao serem recolocadas na área da microbacia essas mudas vão ajudar na diminuição da temperatura e dos efeitos da depredação do rio”, explica Marinho. O projeto ainda tem duração de mais um ano para observar os efeitos de recuperação do rio, através de medições que serão feitas nas réguas colocadas em pontos específicos do Rio Guamá.
Fazem parte desse projeto os municípios de Ourém, Capitão Poço, Irituia, Aurora do Pará, Garrafão do Norte, Nova Esperança do Piriá, Mãe do Rio, Bonito, Ipixuna do Pará, Santa Luzia, São Domingos do Capim e São Miguel do Guamá.
Texto: Leidemar Oliveira
Publicação: 23/03/2015
Redes Sociais