Sudam entrega Matrizes de Insumo- Produto do Pará, Amazonas e Mato Grosso

As matrizes serão utilizadas como ferramenta de avaliação, planejamento e previsão de impactos econômicos na Amazônia Legal

A Matriz de Insumo-Produto(MIP) é uma ferramenta de avaliação, planejamento e previsão dos impactos econômicos da Amazônia Legal. Com as matrizes, os instrumentos de ação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), como Fundo Constitucional do Norte (FNO), Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), e Incentivos Fiscais, poderão ser melhor planejados e avaliados por meio da representação em matriz da economia dos estados da Amazônia Legal. A entrega das MIPs do Pará, Amazonas e Mato Grosso foi realizada no dia 28 de junho, na sede da Sudam, em Belém.

O economista da Sudam e coordenador do projeto, Sérgio Silva, destacou a importância dessa ferramenta para a região amazônica. “É um modelo de planejamento e avaliação que mostra como os estados estão interligados economicamente e como um estado gera impacto em outro. Com isso poderemos identificar as oportunidades de melhoria”, explicou.

As matrizes serão utilizadas para estimar a qualquer tempo os impactos diretos e indiretos da aplicação dos instrumentos da Sudam; obter indicadores estaduais de emprego, salários, valor adicionado, formação de cadeias produtivas, facilitar o processo de avaliação e obtenção dos indicadores de desempenho dos instrumentos de desenvolvimento regional, entre outros.

“Obter dados e principalmente ferramentas que podem projetar cenários. A matriz é uma ferramenta interessante para ter certeza, ou pelo menos, uma grande confiança dos resultados positivos para a sociedade. Isso vai proporcionar para a população de Mato Grosso, políticas diferenciadas de desenvolvimento econômico”, destacou Túlio Cesar, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso.

O treinamento para a construção das Matrizes de Insumo- Produto foi realizado na sede da Sudam, entre fevereiro e junho de 2019, por meio da consultoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)/ Universidade de São Paulo (USP). A autarquia abriu a oportunidade para que pessoas de outros órgãos de desenvolvimento regional e dos Estados da Amazônia Legal pudessem participar de um programa de treinamento.

Para a coordenadora de contas regionais da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Gláucia Moreira, “vamos poder analisar e entender as nossas relações intersetoriais e intraregião e com isso subsidiar todas as decisões politicas a partir de estudos elaborados”, contou.

A MIP mostra as relações principais da economia, portanto qualquer choque na demanda final gera alterações nos indicadores das variáveis da MIP.

“Com ela podemos startar projetos corretos, sem investir de modo errôneo. A matriz nos dá essa visão de entender como podemos fazer investimentos futuros para a região”, explicou José Ribeiro, representando o Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEPLAN-CTI)

As variáveis são:

Investimento em capital fixo; Empregos diretos e indiretos; Valor Adicionado em Salários; Valor Adicionado em Impostos; Valor Adicionado em Lucros; Índice de encadeamento para frente e para trás; Consumo das Famílias; Gastos do Governo; Exportações e importações; Valor Bruto da Produção

A entrega foi realizada com a presença dos professores da FEA/USP Carlos Azzoni e Eduardo Haddad,  que realizaram uma palestra explicando as matrizes. “Esse é um instrumento fundamental para o planejamento das atividades. É um navegador que orienta a tomada de decisões dos agentes públicos sobre que setores priorizar e que atividades promover, com maior impacto”, frisou Azzoni.

Clique e acesse a MIP de cada estado:

por Ascom Sudam