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Artigos

A grande honraria do serviço público

  • Escrito por Eduardo Monteiro
  • Criado: Quinta, 26 de Outubro de 2017, 16h25
  • Publicado: Quinta, 26 de Outubro de 2017, 16h25
  • Última atualização em Quinta, 26 de Outubro de 2017, 16h26

Em um cenário adverso, o funcionalismo público se reinventa e prova que sua missão é mais atual (e necessária) do que nunca!

Servir ao público. Por definição, o ofício do servidor público é direto, transparente. O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado em junho de 1994, é um dos principais (senão o principal) documentos norteadores das ações do servidor público federal e ele preconiza que “a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores (....) Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos”.

Segundos dados do IBGE, em 2016, aproximadamente dez milhões de brasileiros tentaram algum concurso público. Sonho de boa parte da população brasileira, o serviço público quase sempre é sinônimo de estabilidades e bons salários, certo? Não, necessariamente. Pelo menos é esta a opinião de Paulo Contente, funcionário público da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, há quase três décadas e meia. Os motivos que o trouxeram à SUDAM foram a possibilidade de servir ao povo e estar disponível para exercer uma atividade em favor da sociedade. “Nestes 34 anos de SUDAM, minha disposição de trabalhar aqui foi sempre pensando no pequeno, no ribeirinho, que precisa que o governo chegue a ele. A cada dia que eu chego aqui, eu sempre tenho como prioridade que meu trabalho, que as minhas ações, podem contribuir para a melhoria de vida de alguém – especialmente porque eu trabalho em um órgão cuja missão é trabalhar para o desenvolvimento da Amazônia, sobretudo melhorar a qualidade de vida do ser humano, destas pessoas”. Ao ser questionado sobre o que deve motivar o jovem a ser servidor público, Contente compartilha um conselho muito inspirador. “A pessoa que quer destinar sua vida ou parte dela a ser um funcionário público tem que ter e querer estar disponível para servir. Não se deve entrar no serviço público almejando apenas a estabilidade ou no salário. É preciso sentir-se útil à sociedade e também emprestar seus conhecimentos em favor da sociedade. Se você não tiver essa disposição, é melhor que não seja funcionário público, porque você vai sentir que está carregando um peso, quando o objetivo é fazer com que você trabalhe com alegria!”

 

Mãe no primeiro dia de trabalho

Às vésperas da merecida aposentadoria, após quase 40 anos de serviço público, a servidora Aline Dias ainda conserva o mesmo brilho no olhar e coleciona histórias sensacionais. “Quando eu comecei [na SUDAM], ainda existia o Polo Amazônia, um programa gigantesco do Governo Federal. Eu vinha de um emprego público no Amapá e minha mãe me acompanhou no primeiro dia de emprego. Nunca me esqueço!”, contra entre risos. A mãe, dona de casa, naturalmente que sentiu muito orgulho da filha, funcionária pública. Mas, igualmente preocupada com a integridade da moça, que dava um grande passo em sua vida e passaria a morar sozinha em outro estado, decidiu acompanha-la ao novo emprego e recomendou-lhe que tivesse muito respeito e que mantivesse sua integridade. O conselho nunca foi esquecido e Aline o compartilha com os novos servidores. “Você tem de ter muita consciência quando opta por ser servidor público: é uma escolha consciente. Não é pelo salário que o cargo vai proporcionar – quando você abraça a carreira pública, você tem que trabalhar com amor em prol à sua Instituição, para que ela cresça e seja legitimada, alcançando cada vez mais pessoas  que necessitam  deste auxílio”. Com o mesmo entusiasmo, a servidora se emociona ao lembrar dos colegas que se aposentaram há pouco tempo e que se tornaram grandes amigos. “O funcionalismo público me trouxe experiência, crescimento pessoal. Entrei aqui uma pessoa e sairei outra. Isso a SUDAM me deu”. Aline também compartilha um conselho com os jovens servidores públicos. “Esta nova geração é audaciosa, ousada. Eles se posicionam com firmeza, debatem, mas precisam empregar amor e muito zelo com a coisa pública. O rigor e a disciplina são fundamentais ao bom exercício do servidor público. Os jovens servidores públicos nos trazem frescor e vigor, e têm muito a aprender. A ensinar também!”.

 

Um nova geração e novos horizontes

O economista Keppler Mota terá dois motivos para comemorar nesta sexta, 27, quando as comemorações pelo dia do servidor público (28/10) e ele completa 27 anos de idade. Há 3 anos na SUDAM, o servidor conta que “no início, tudo era uma novidade, pois acabara de sair da Universidade, tendo sido este o meu primeiro emprego. Com o passar do tempo e com o aperfeiçoamento dos conhecimentos quanto aos processos de planejamento e orçamento posso afirmar que, apesar de alguns momentos atribulados inerentes ao cargo e área, realizo meu trabalho com grande satisfação. Também, hoje, compreendo melhor a complexidade e importância em ser servidor público que, no sentido estrito, tem o dever de servir a sociedade e, particularmente no meu (nosso) caso, de servir a sociedade Amazônica, o que torna o desafio ainda maior, tendo em vista que nossa região, historicamente, é carente de políticas públicas, sendo o trabalho realizado por esta Autarquia de extrema importância para a mudança do contexto atual”. A dupla comemoração tem um sabor especial porque Mota sente-se realizado com o que faz.

 

Amor, sobretudo, ao funcionalismo público

“Eu era uma menina, com 19 anos de idade, recém-saída do ensino médio e do interior da Amazônia, quando me deparei com a realidade do serviço público”, conta a Superintendente em exercício da SUDAM, Keila Rodrigues. Hoje, com 23 anos de vida pública, o amor pelo ofício só aumenta. “Servir ao público é um privilégio. Nem todos compreendem o que é ser servidor público. A SUDAM, por exemplo, serve ao público, por meio de suas políticas públicas. Quando aprovamos incentivos, quando aprovamos um projeto de financiamento do FDA, quando celebramos um convênio, quando promovemos uma análise, nós servimos ao público – especialmente em uma Instituição que tem como objetivo promover o desenvolvimento da Região. Por isso eu sempre digo aos novos servidores que eles, antes de qualquer coisa, compreendam a SUDAM e façam de tudo para que ela chegue ao próximo. Ser funcionário público é amor, doação. É o que me move e, acredito muito, é o que tem funcionado”, finaliza.

por Ascom Sudam

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