R$ 77 milhões do FDA serão injetados no Pará
A Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) aprovou, na última quarta-feira, 28, o projeto da empresa Terminal de Grãos Ponta da Montanha S/A (TGPM), com participação de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA). O projeto objetiva a adaptação, ampliação e melhorias do Terminal Portuário e Retroportuário, para ampliar a capacidade de recebimento, armazenamento e expedição de granéis vegetais sólidos, no município de Barcarena no Pará. O valor a ser investido pelo FDA é de cerca de R$ 77 milhões. O total do projeto é de, aproximadamente, R$170 milhões. Na decisão, a Diretoria Colegiada também autorizou a celebração de contrato entre a empresa e seus acionistas controladores e o Banco do Brasil, que será o agente operador do projeto. A expectativa é de que até a conclusão do projeto sejam gerados 150 empregos diretos e aproximadamente 290 empregos indiretos.
Além dos recursos do FDA, o empreendimento conta, ainda, com investimentos dos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) no valor R$ 41,9 mil. Atualmente, o terminal de grãos tem capacidade de 1,5 milhão de toneladas/ano e com a ampliação atingirá 6 milhões de toneladas/ano. Localizado no complexo portuário de Vila do Conde, oferece acesso multimodal, através do rio Pará, onde se conecta às principais rodovias da Amazônia, e pelos rios Tocantins, Amazonas, Tapajós e Madeira.
Para o Superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia, a instituição inicia uma nova fase com o financiamento de novos projetos. “Estamos no caminho certo. O FDA sempre foi um Fundo muito atrativo, com as melhores taxas do mercado. Esse é o primeiro projeto de 2017, voltado para a Cadeia produtiva do agronegócio. A Sudam tem o anseio de continuar sendo um órgão de referência no desenvolvimento da Amazônia e principalmente contribuindo para a redução das desigualdades regionais” enfatizou Correia.
A ampliação do terminal prevê, ainda, a construção de um armazém de até 120K/tons, ampliando a capacidade estática do terminal de 25K/tons para 145K/tons de grãos base soja. Além disso, o projeto prevê a ampliação do píer de atracação de navios, para suportar navios de até 85 mil toneladas, a aquisição do tombador para veículos biarticulados com até 26 metros de comprimento, e a multimodalidade e consequente ampliação na área de influência do terminal. Para isso, deverá ser construído um terminal flutuante, para descarregamento de barcaças, aumentando a produtividade e segurança operacional. Além das metas diretamente relacionadas ao projeto, existem as consequências naturais que a conclusão do projeto irá gerar, como o incremento econômico em torno do empreendimento, em especial do agronegócio.
“A aprovação desse projeto vai gerar emprego e renda no Pará. Fico feliz porque essa Empresa escolheu Barcarena para ser o polo de escoamento de toda sua produção. Isso é resultado do esforço do Ministro Hélder e do Superintendente Paulo”, afirmou o novo diretor de Gestão de Fundos, de Incentivos Fiscais e de Atração de Investimento da Sudam, Rodrigo Mendes. O diretor afirmou, ainda, que sua linha de trabalho será fomentar. “Nesse primeiro momento precisamos mostrar que a Sudam tem toda a competência para gerir o Fundo, com técnicos capacitados e comprometidos com a missão do órgão. Precisamos retirar os gargalos e rever algumas regulamentações para facilitar o acesso ao FDA”, concluiu Mendes.
O Terminal de Grãos Ponta da Montanha faz parte do complexo logístico denominado Corredor Arco Norte, uma das principais saídas para desafogar a logística de exportação de soja e milho, originada principalmente da região Centro-Oeste, a custos inferiores aos praticados nos portos do sul. Sua localização oferece uma rota mais curta para se chegar aos principais destinos, como China e Europa. A empresa projeta movimentar 2,3 milhões de toneladas de grãos em 2017, impulsionada pelo aumento da sua capacidade. Somente até abril/2017 já foram embarcadas 709 mil toneladas pelo TGPM. De acordo com a empresa, o projeto visa a atender o aumento da demanda e facilitar o acesso às áreas de origem, como Mato Grosso e Matopiba.
Texto: Marilena Vasconcelos
Fotos: ASCOM/Sudam
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